“As mulheres estão cada vez mais a assumir o papel de empreendedoras”

“As mulheres estão cada vez mais a assumir o papel de empreendedoras”

A Ana é uma mulher empreendedora e segura das suas opiniões. Sempre quis ter a sua própria empresa?

A resposta é não…Dou muita importância à estabilidade financeira e ter um emprego com um ordenado certo era algo perfeito para mim. Mas cedo percebi que a estabilidade é algo que só existe na nossa cabeça. Ter a minha própria empresa foi algo que aconteceu no seguimento de uma série de acontecimentos e situações muito difíceis, que me levaram a decidir arriscar. A vida encarrega-se de nos guiar pelo caminho certo, mas nós temos de ter a capacidade de saber olhar em frente e sempre de cabeça erguida. Nós somos os nossos maiores inimigos, porque não nos damos a oportunidade de fazer coisas novas e diferentes. Hoje sei exatamente o que quero e qual o caminho a seguir.

 

Alguma vez sentiu maiores dificuldades no mercado de trabalho devido ao facto de ser mulher?

Sim! Há uns anos, fui selecionada para um trabalho em Lisboa. Dias depois de me terem comunicado a decisão, descobri que estava grávida. Achei melhor comunicar à empresa e acabei por perder o lugar. Um mês depois descubro que tinha perdido o bebé. Arrisquei e tentei de novo… Aceitaram-me de volta! Ainda hoje me lembro disto!

 

Que avaliação faz da liderança feminina e masculina?

Não há dúvida que homens e mulheres são muito diferentes. Penso que nós, mulheres, temos mais capacidade para lidar com trabalhos que exijam o ataque em várias frentes. Conseguimos gerir mais do que um processo de cada vez. No geral, somos mais sensíveis e temos um sexto sentido mais apurado que, se for bem usado, nos poderá poupar a alguns problemas.

 

Acredita que as mulheres terão um papel preponderante no futuro da economia?

Acredito mesmo que sim. As mulheres estão cada vez mais a assumir o papel de empreendedoras e estão a provar ter capacidade para levar os seus negócios em frente, mesmo tendo de conciliar o trabalho com a família. Nesta fase em que estivemos confinados em casa, muitas mulheres iniciaram negócios e projetos que já tinham «na gaveta» há séculos. Trabalhar com os filhos agarrados às nossas pernas não é fácil, mas para muitas mulheres foi a única maneira de começar. Acredito que quem resiste a esta pressão estará mais bem preparado para enfrentar o futuro.

 

O seu negócio está desenhado à sua imagem?

Uma das razões que pesaram muito na minha decisão de avançar com um negócio próprio foi poder trabalhar de acordo com as minhas regras, as minhas decisões e as minhas convicções, por isso a minha forma de trabalhar está totalmente adaptada àquilo que eu acho que é o melhor e o mais vantajoso para os meus clientes e enquadrada naquilo que eu defendo. Valores como lealdade e honestidade têm de estar presentes em tudo o que faço. Sou incapaz de dizer aos meus clientes aquilo que eles querem ouvir para conseguir assinar um contrato.

 

Que mensagem gostaria de deixar às mulheres que estão agora a iniciar a sua carreira?

O facto de já terem dado o primeiro passo é fantástico. Agora só há um caminho: sempre em frente. Devem procurar ajuda de alguém que vos possa orientar na divulgação do vosso negócio. Eu encontrei o Ricardo Teixeira por acaso numa publicação do Facebook, cliquei no anúncio e acabei por fazer um dos cursos dele – o KIAI Imparável e depois o KIAI Academy… Saíam da vossa zona de conforto e se tiverem medo… é para ir com medo, mesmo! Vale muito a pena olhar para trás e ver o percurso que fizemos.

 

Ana Morgado, CEO e Executive Manager

 

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